quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Razão Formal

Em nome de uma razão formal, uma racionalidade processual, parece que a filosofia moderna tenciona "libertar-se" da tradição filosófica, um saber totalizante. Esta pretensão filosófica ficou com os clássicos e metafísicos  para os modernos não há sentido em uma racionalidade deste tipo, mas uma racionalidade palpável que se estrutura num processo empírico, que se constrói passo a passo.

Para Habermas agora falamos em pretensão de validade, uma verdade hipotética aos moldes do paradigma de Thomas Kuhn, não se destituiu a verdade de seu trono, outrossim ela não gera a multiplicidade como em Plotino. A verdade é uma validade posta a "mesa" geradora de um possível discurso até que o próximo paradigma o consuma, não se trata de uma tríade idealista mas de uma dicotomia entre um ouvinte e um falante.

Então a pergunta que se faz agora é: Qual o papel da filosofia, uma vez que esta perdeu a referência à totalidade. O caráter Ontológico da filosofia foi posto em xeque pelas ciências empíricas, restando o papel de interprete entre o mundo da vida e a técnica uma variável moderna herança do positivismo.

A questão aqui é a fundamentação das formas de racionalidade, por se tratar de uma racionalidade dita formal, ela está no âmbito do devenir, talvez possamos dizer não um Universal como uno, mas um Universal válido para todos. O palco está sendo montado para a teoria linguística.


HABERMAS, Jurgen. Pensamento Pós-Metáfisico,Editora Alamedina, Coimbra, 2004.

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